Você sabia que a palavra trabalho tem sua origem no latim? Pois é,
a palavra trabalho deriva de “tripalium”
(3 paus).
O tripaulim era um
instrumento de madeira utilizado para subjugar animais e também para forçar os
escravos a produzirem mais. Em síntese, o tripalium
era um instrumento de tortura utilizado na idade média.
Esta conotação de dor, sofrimento, agonia, desgaste,
tormento, etc. permanece até os dias de hoje, apesar da aposentadoria do
instrumento em si.
Por isso, muitas pessoas ligam o trabalho a sofrimento, a
agonia, angústia (ainda mais se for segunda-feira)! Quase nunca a uma tarefa
que dignifica o ser humano.
Tal mentalidade deve-se principalmente ao fato de que as
pessoas que assim o tratam, não têm prazer em suas atuais ocupações
profissionais, o que torna seu dia-a-dia um grande sofrimento! Sendo assim, não
precisam do instrumento de madeira em si, mas apenas da penosa vivência de sua
ocupação.
Qual será a consequência desta postura?
Para a pessoa, uma carreira mal sucedida, sem sabor e sem
brilho. Tudo isso pode desdobrar-se em graves consequências para sua saúde
física e mental.
Para a empresa, baixa produtividade e pouco ou nenhum
engajamento, já que seus profissionais não estão comprometidos e alocados em
seus devidos lugares. Um grande desafio para líderes e gestores de recursos
humanos atualmente.
O resultado deste ciclo pode desencadear o presenteísmo, ou
seja, presença física e ausência mental dos colaboradores. Estão fisicamente na
organização, mas sem ação e/ou comprometimento (abordarei mais sobre o
presenteísmo em outro artigo).
Para concluir, há poucos dias ouvi algo
chocante quando eu retornava do meu trabalho. Estava fazendo um curto trajeto
de trem, quando ouvi uma jovem ao meu lado dizer para sua amiga: “Eu, produzir, ficar ralando, trabalhando,
vendendo? Nem morta! Não quero nem saber de variável*, só quero garantir o meu
no final do mês e tá bom demais! Não vou ficar me matando!”
Para essa colaboradora, não precisava de um tripalium em seu local de trabalho para
viver a angústia, sofrimento e descontentamento. Ela simplesmente está no local
errado! Vender nunca será um desgosto para quem ama a
profissão. Cabe aqui a organização identificar e tomar as providências cabíveis,
antes que seja tarde demais.
De fato, atualmente há milhares de pessoas assim, em
empresas de diversos setores e tamanhos. Com certeza, boa parte destes problemas estão diretamente
relacionados à contratação.
Mas sobre isso eu falo outra hora...
Abraços! Um feliz trabalho para você!!!
Wagner Oliveira
Twitter: @wagnerpalestras
Wagner Oliveira é consultor e palestrante nas áreas de vendas, atendimento, motivação, comunicação, marketing e liderança. Em breve, site oficial.